Etiquetagem

Arquitetura Engenharia Elétrica Prof.Dr. Silvio Parucker Prof.Dr. James Baraniuk Equipe responsável Orientadores Carlos Gabriel Stunpff Caroline Bassil Heimovski Gabriela Zaruvne Herick Denke Daniel Veiga Alan de Mello Rafael Luiz Ribeiro Lucas Stec Toledo Marco Scandurra Lucas André Santos
Carlos Gabriel Stunpff Caroline Bassil Heimovski Gabriela Zaruvne Herick Denke Daniel Veiga Alan de Mello Rafael Luiz Ribeiro Lucas Stec Toledo Marco Scandurra Lucas André Santos Arquitetura Engenharia Elétrica Equipe responsável Prof.Dr. Silvio Parucker Prof.Dr. James Baraniuk Orientadores

Identificação de Qualidade



As informações fazem parte da vida cotidiana e nos ajudam a aproveitar melhor o tempo e os recursos, aumentando a possibilidade de usufruir de mais qualidade de vida. Como as informações das etiquetas de consumo energético, presentes em eletrodomésticos, lâmpadas, veículos e edificações, com esclarecimentos variados que dão segurança e tranquilidade ao consumidor na escolha destes itens.


A etiquetagem é um sistema que avalia a eficiência energética com classificação categorizada em cores e letras, que varia de A (verde, mais eficiente) a E (vermelho, menos eficiente). No projeto de eficiência energética desenvolvido na UFPR foi criada uma etiquetagem para fornecer diretrizes para a melhoria da eficiência em projetos e edificações.


Os tipos de etiquetas aplicadas nos prédios da UFPR são a etiqueta Envoltória, que está relacionada diretamente com o projeto arquitetônico; a etiqueta de Iluminação, que leva em conta a quantidade de energia gasta para iluminar uma determinada área; a etiqueta do Condicionamento de ar, que indica a eficiência do sistema de condicionamento de ar para identificar se os pré-requisitos de isolamento de tubulações foram atendidos.


Também se desenvolvem Bonificações, que são sistemas “extras” presentes no edifício e que garantem uma maior eficiência energética, com análises complementares às etiquetagens da Envoltória, Iluminação e Condicionamento de ar. O conjunto destas etiquetas parciais resulta na Etiqueta Geral, que é o processo final de etiquetagem de uma edificação, união de todas as etiquetas obtidas em cada parte analisada da edificação.


Ao identificar o consumo e as variáveis que nele interferem, o Projeto Energi possibilita aos gestores a compreensão de ações necessárias para economizar energia, de modo prático e eficiente, sem perda de qualidade ou conforto. Conhecimento que dá consistência e segurança na implementação de soluções eficientes.









Envoltória




A envoltória consiste em todas as superfícies que realizam troca de calor entre os ambientes internos do edifício e o ambiente externo, sendo determinante na eficiência energética ao controlar variáveis como temperatura, ventilação, umidade e luminosidade.

Para a sua avaliação, devem ser considerados o clima do lugar em que o edifício está localizado, a orientação solar das fachadas do edifício, área média dos pavimentos, área de projeção da cobertura, área total construída, volume da edificação, área da envoltória, percentual de aberturas e sombreamento das aberturas. A partir de cálculos envolvendo essas características é possível obter a etiqueta calculada do edifício.

Para a etiqueta final é necessária a avaliação dos pré-requisitos, que são condicionantes que limitam a etiqueta calculada de cada etapa do processo de etiquetagem. Na análise da envoltória os pré-requisitos são as transmitâncias térmicas e as absortâncias dos materiais que revestem as coberturas e paredes externas.

A transmitância de um material representa a capacidade que ele tem de permitir trocas térmicas. Quanto menor a transmitância, mais isolante é a envoltória. Já a absortância está relacionada a cor do material e sua capacidade de absorver calor. Quanto mais escuro o revestimento, maior será sua absorção de calor.

Assim, são consideradas diversas variáveis para desenvolver um projeto adequado de eficiência energética que integre a edificação ao ambiente externo, possibilitando a otimização de energia com soluções customizadas a cada situação.



Iluminação




A parte da iluminação leva em conta a quantidade de energia gasta para iluminar uma determinada área. A unidade de medida para a realização da etiquetagem é o W/m² (watt por metro quadrado) e para cada atividade existe um limite recomendado. Por exemplo: a iluminação necessária para iluminar uma garagem é muito menor que para iluminar um escritório de área semelhante.

Além deste aspecto funcional, pode-se considerar também o uso de lâmpadas eficientes, a utilização da iluminação natural no projeto, o desligamento automático de áreas muito grandes e o acionamento independente dos circuitos dos ambientes. São diferentes formas de promover eficiência energética.



Condicionamento de ar




Para analisar a eficiência do sistema, verifica-se o memorial de cálculo do projeto de condicionamento de ar para ver se os pré-requisitos de isolamento de tubulações foram atendidos e, depois, verifica-se a etiqueta.

Nos projetos mais atuais, o sistema do condicionamento de ar é composto por máquinas que já vem etiquetadas pelo INMETRO. Nestes projetos, para chegar à etiqueta final, calcula-se a média ponderada que considera o nível da etiqueta de cada aparelho e o BTU/h (quantidade de troca de calor realizada pelo aparelho no intervalo de uma hora) de cada um deles.

Quando se trata de um sistema mais complexo ou de aparelhos que não apresentam a etiqueta emitida pelo INMETRO é preciso voltar ao memorial de cálculo e analisar o coeficiente de performance (COP) da(s) máquina(s) utilizada(s), que é a razão entre a quantidade de calor removida do ambiente e a quantidade de energia gasta. Quanto maior esse número, mais eficiente é o ar-condicionado em questão.

Para se chegar a um projeto adequado de condicionamento de ar é fundamental conciliar informações do sistema ao conhecimento aplicado à promoção de eficiência energética.



Bonificações




Alguns exemplos de sistemas extra que geram bonificações são a economia comprovada de água, o uso de energia solar ou eólica, uso de elevadores eficientes ou algum outro sistema que contribua para a eficiência energética de forma comprovada. A bonificação varia de 0, quando não há nenhum diferencial no edifício, até o valor 1, quando uma ou mais características referentes à eficiência energética são atingidas.

São consideradas diversas variáveis que influenciam na otimização de edificações e reforçam a relevância de abordagens sustentáveis que refletem em mais qualidade de vida e em níveis mais altos de eficiência energética



Etiqueta geral




A etiqueta geral é o processo final de etiquetagem de uma edificação. Ela é a união de todas as etiquetas obtidas em cada parte analisada da edificação: envoltória, iluminação e condicionamento de ar, além das bonificações e pré-requisitos gerais.

Como a etiqueta geral tem o objetivo de analisar o edifício como um todo os pré-requisitos do edifício também têm essa função, sendo eles: circuito elétrico com medição individualizada, aquecimento de água e isolamento de tubulações.

Para cálculo da etiqueta geral é necessário o uso de uma equação que considera todas as etiquetas parciais já calculadas e também requer dados como a área útil da edificação, área condicionada, área de permanência prolongada não condicionada e área de permanência transitória. Além da comprovação das variáveis consideradas nas bonificações.

Ao final de todo esse processo é possível obter a ENCE Geral PBE - Edifica, a Etiqueta em Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviço e Públicas, que pode ser realizada tanto na fase projetual de um edifício quanto após a sua construção.

A etiquetagem geral é a garantia de que o projeto considera sustentabilidade e qualidade de vida como elementos fundamentais para sua realização, sendo uma tendência mundial na área de construções inteligentes por gerar menor consumo de energia, maior conforto térmico, menor custo operacional, redução do efeito de ilha de calor nos centros urbanos, além da valorização do imóvel..